Imóvel do grupo JOYN destacado pela sua neutralidade carbónica

Grupo JOYN investe 4,5 milhões em edifício para instalar nova sede

O grupo JOYN acaba de adquirir, por 4,5 milhões de euros, um novo edifício em Carnaxide para a instalação da sua sede. O espaço será também partilhado com outras empresas, em regime de arrendamento. A operação foi assessorada pela JLL, que irá também comercializar os escritórios não ocupados pela empresa.

A JLL atuou na operação da venda, em representação do anterior proprietário, e será agora também responsável por trazer novos inquilinos para a nova sede do grupo JOYN, tendo sido a consultora imobiliária selecionada por esta empresa para a comercialização. Alvo de um rebranding, o imóvel passa a designar-se edifício JOYN HQ e irá disponibilizar para arrendamento uma área de 1.700 m2 de escritórios, numa lógica de serviços partilhados. Com uma área total de 5.300 m2, o JOYN HQ conjuga dois pisos de escritórios (numa área total de cerca de 3.200 m2) e um piso de área de armazenagem, com 2.100 m2.

Refletindo a forte aposta na sustentabilidade e inteligência, o edifício JOYN HQ disponibiliza 10 postos de carregamento para carros elétricos, 10 postos para bicicletas e trotinetes elétricas, uma UPAC Solar de 65kWh, iluminação LED, sistema de domótica KNX, ligações de 2Gb/2Gb simétricas, espaço rack para servidores e wifi-fi access Points prontos a usar.

O projeto aposta ainda num conceito inovador, assente na ideia de que as empresas devem partilhar espaços comuns, alavancando ao máximo possível todas as áreas, através da não duplicação de espaços. Assim, os ocupantes deste imóvel partilharão com o Grupo JOYN uma receção e sala de espera, quatro salas de reuniões para visitas externas, copa/refeitório, miniauditório para meet-ups e uma mini-zona de exercício, entre outros.

O edifício está equipado com tecnologias modernas, de forma a simplificar todo o processo de instalação das empresas. Assumindo-se como a morada ideal para empresas inovadoras e preocupadas com o bem-estar dos seus colaboradores e do planeta em que vivemos, o imóvel destaca-se ainda pela sua neutralidade carbónica.

Escrito por: Equipa Growin

How we achieved a sprint burn-down during a pandemic

One of the biggest challenges facing development teams in the midst of this pandemic is to keep working and at the same time motivated so that we can continue to deliver to our customers the same, and perhaps even better quality than before. And this was effectively what happened to our team, as shown in the email below.

First of all, a very simple explanation of a burndown is needed. It is nothing more than for your team to be able to deliver all the tasks planned for the sprint. We completed the activities of the sprint and 1 day in advance, just remembering that the two activities leftover were done after the email and the other was dependent on another team.

But how did we achieve this? Are we working overtime? Are we working more than our capacity supports?Are we stressed?

Behold, the answer is no, no and maybe, not because of the work we are doing, but because of the situation we are experiencing all over the world!

But “What's the magic?” you must be asking yourself. And the answer I have to give you is: I don’t know! =)

Disappointing isn't it? But let's do it this way, I will list below some things that we are doing, it may be some of them. In the end we will be able to make a comparison with the solutions you found and then maybe together we can understand what worked and what we can replicate.

#1 Keep safe

Here we go again, focused on health!

It is of utmost importance that you stay at home, but when staying at home some things must be taken into account:

1. Do exercise for at least 20 minutes, whether it's push-ups, jogging, or anything that moves you.
2. Don't be lazy and keep your environment clean and airy (open the window from time to time).
3. Eat the best you can, it's a good time to get the chef in you up and running.
4. Sit on a chair and table! Don't work in bed!

If you don't know any exercises to do at home, here’s a link to help you:
https://www.fitnessblender.com/videos?equipment%5B%5D=26

#2 Keep the sanity

One of the most important things we can do in times like this is to stay calm and try to make the best of it all, which is why we try to have fun even if it's from a distance.

#3 Keep connected

I believe that this is one of the most important topics of all, one of the things that our team has done is to stay connected, effectively connected, we open the hangout, with video and everything and we do it the same way as if we were working locally, we say good morning, we “go out” to eat, and all the time staying connected.

I believe this is one of the keys to our success. And the reason why is when a developer has another developer close by, that he can discuss the code, thinking about solutions together is a way of getting us to perform together and that's why we do better.

In addition to the daily and constant contact that our team has, we still have weekly meetings (sometimes more than once a week) with PO, PM, Managers and the like. It is extremely important that they are very accessible because these people influence a lot in our daily activities.

#4 Keep organized

This is one of the topics that teams usually end up leaving aside, but it’s very important that you keep your tasks organized, that you keep your routine, wake up in the morning, make your bed, take your shower, dress for work and then sit in front of the PC and start your activities.

This will let you tell your whole body that you are working and that this is the time to focus on your tasks.

The second important lesson on organization is to stay focused on tasks, and always follow Johnny Cash's advice: “one piece at a time”. Do not try to do everything at once, take a task and go with it until the end, whenever you have dependencies, mark this in the task and notify PO / PM as soon as possible.

#5 Keep the friendship

One of the little things we did before the pandemic was to keep the habit of going out every Thursday, some Fridays too, to get a beer at the Casa do Pasto.

But now with the pandemic, it is no longer possible, right? WRONG!

We continue to have drinks, we continue to meet on the same days, at the same times, but now we play games, play guitar, sing together.

One of the most important things in overcoming social isolation is that we can somehow feel that on the other side you are there.

As the poet would say: “Enquanto houver você do outro lado, Aqui do outro eu consigo me orientar” or “As long as you are on the other side, on this side I can get my bearings” – Teatro Mágico.

#6 Keep lovin

These are complex times, we will often, in our homes, give in to anger, anguish, fear, but I know that as humanity we will overcome this.

We have been through other pandemics and are still here.
We have already faced other crises and we are still here.
We were already afraid and even so we continued.

Some of us cross an ocean and venture out in search of better days in Europe and here we are. That's because we have an incredible capacity to develop, adapt, to go beyond overcoming and to do it all together.

This will all pass and for that to happen it will have to be together, united, because I am sure we will come out of this stronger and more prepared.

Keep lovin!

Escrito por: Teresa Carloto, Uniksystem

Relatos do Confinamento

A proximidade com a restante equipa está a ser garantida através de reuniões diárias (call), para falarmos sobre as tarefas que estamos a desenvolver, partilha de dúvidas e análise em equipa. Por outro lado temos um grupo no Chat, para a troca de mensagens que devem ser partilhadas pela equipa. Todos os dias tenho o cuidado de dizer bom dia, saber se está tudo bem, avisar quando vou para almoçar e quando regresso, e ao final do dia questionar se precisam de alguma coisa e dizer até amanhã. Os telefonemas também acontecem com a frequência necessária, por norma a Otilia liga-me todos os dias de manhã para alinharmos tarefas comuns e por vezes só para saber se está tudo bem. As Q&A das quartas feiras têm sido importantes para “vermos” os outros unikos.

Instalei o microsoft teams para garantir o apoio mensal a um dos nossos clientes, o que me permitiu estabelecer calls com o cliente, troca de mensagens e partilha de ecrãs.

Outra ferramenta que utilizo com frequência, e nesta fase ainda mais, é o anydesk o que me permite ligar remotamente aos PCs dos clientes e analisar as situações juntamente com o cliente.

O que mais gostei:

– Evitar as filas de trânsito e o stress diário que implicam.

– Possibilidade de trabalhar na casa dos meus pais (Alentejo), o que me permite acompanhá-los nesta fase de confinamento, mas também conseguir ter a possibilidade e tempo passear pelo campo, ouvir os pássaros e outros animais, respirar um ar puro. Em março senti-me efectivamente confinada ao meu apartamento.

O que menos gostei:

– A falta de contacto directo com os colegas. O ambiente de escritório, as conversas de almoço.

O que gostaria de manter:

– Evitar as filas de trânsito e o stress diário que implicam, mas infelizmente não vou conseguir manter pois o voltar implica fazer viagens diárias e consequentemente stressar com o trânsito.

– Pessoalmente vou tentar manter os passeios diários, num ambiente diferente.

Escrito por: Miguel Carrondo, Uniksystem

Vantagens do Trabalho Remoto

Como algumas pessoas já sabem, sou um acérrimo defensor do trabalho remoto. Não que seja uma desculpa para qualquer faceta obscura de anti-social, mas porque permite uma maior flexibilidade na gestão do nosso tempo.

Como em tudo na vida há coisas boas e coisas más ou menos boas (acho que este é o termo correto).

Coisas boas: além do já mencionado, a poupança de recursos, é incrível o dinheiro que se poupa só por não ter que ir para o escritório, incrível mesmo. Ora essa poupança deixa-nos mais felizes e por sequência mais motivados.

Eu sempre adotei o método de manter as rotinas mesmo quando estou em trabalho remoto, quer dizer, a rotina da hora de começar. Quanto à hora de almoço, tenho de ajustar com as atividades profissionais da minha mulher, o que por vezes faz com que não exista. O maior desafio para mim é a hora de terminar (é demasiado flexível em trabalho remoto 🙂 ), mas compreende-se. Não podem ser só vantagens.

Outra vantagem é a gestão do stress (chamo-lhe assim). É mais fácil de gerir estando remoto, pelo menos para mim. Há sempre a sobreposição de tasks as coisas que deviam ser só importantes mas que são sempre urgentes… mas enfim, mais uma vez, mesmo assim é mais fácil de gerir. Tenho um parque verde mesmo ao pé de casa. É só ir para lá carpir mágoas.

Quanto aos desafios prendem-se pelo facto de que apesar de sermos uma empresa tecnológica com capacidade técnica para trabalharmos onde quisermos, sem comprometer a qualidade do nosso trabalho e o nosso compromisso com os nossos clientes, somos humanos. E como humanos que somos, e latinos em particular, temos na nossa génese o fator RM (i.e. Resistência à Mudança). Gostamos de inventar desculpas para ter que ligar o Complicador (outra máquina que gostamos de carregar). Somos indisciplinados na maneira como lidamos com as ferramentas que temos á disposição, sabemos que há maneiras corretas e que permitem agilizar a colaboração, mas gostamos de guardar a aprendizagem para amanhã, ou para depois. Portanto, o COVID, o tão mal-fadado COVID veio “obrigar-nos” a trazer para hoje essa aprendizagem. É com isto que temos vindo a lidar. Agora, acho que estamos na fase do agora ou nunca. Ainda bem que houve um desígnio ‘vinculativo’ que obrigou a esta aprendizagem.

Posto isto, acho que as coisas só têm que mudar para melhor.

Quanto aos desejos para o futuro, desejo que a flexibilidade no trabalho remoto se mantenha, ou seja, deixe de fazer parte dum regime de exceção mas possa ser uma premissa ‘contratual’.

Desejo que consigamos mostrar a todos que juntos conseguimos estar bem equipados para apesar de longe, estarmos sempre perto.

Posto isto, acho que as coisas só têm que mudar para melhor.

Quanto aos desejos para o futuro, desejo que a flexibilidade no trabalho remoto se mantenha, ou seja, deixe de fazer parte dum regime de exceção mas possa ser uma premissa 'contratual'.

Desejo que consigamos mostrar a todos que juntos conseguimos estar bem equipados para apesar de longe, estarmos sempre perto.

Escrito por: Dora Gonçalves, Fyld

A Nova Era Profissional

Já tantas palavras foram escritas sobre esta nova era profissional … que todos sem exceção, tivemos de nos adaptar à ‘força’ sem ter tempo para pensar, mas com um único foco: sobreviver unidos e mais fortes.

Sempre fui uma pessoa caseira, pelo que ficar confinada ao meu porto de abrigo inicialmente não foi muito complicado, mas deixei de me sentir livre e poder sair sempre que queria.

De repente tenho de transformar a minha casa numa universidade e em dois escritórios, em que cada um de nós fica ‘literalmente’ fechado numa divisão da casa, para que a vida continue.

A minha varanda foi transformada num miniginásio para exercitar corpo e mente.

A hora de almoço é o encontro da família e, é nesta altura, que partilhamos a nossa manhã, mas temos sempre de conciliar os horários o que nem sempre é fácil pois temos uma tarde igual pela frente.

Os dias passam e para quem pensava que produzir nesta circunstância não era possível, ficou provado que o é, pessoalmente acho que se trabalha mais, pois estamos mais calmos e gerimos melhor o nosso tempo.

Falando de tempo, este parece passar mais devagar e há que ser mentalmente forte para nos mantermos saudáveis, mas chega a um ponto em que temos de nos reinventar… Os meus dotes culinários foram apurados e ganhei uma ajudante ‘pasteleira’ em casa que não sabia que tinha, fizemos uns petiscos deliciosos as duas.

Comecei a trabalhar muito cedo e a minha vida foi sempre cheia de desafios…Iniciei a minha carreira profissional no Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa e trabalhei na banca durante 27 anos, dezassete dos quais na Espírito Santo Informática, onde desempenhei funções de analista funcional e gestão de projetos.

Mas a nossa vida, por vezes, leva-nos até um cruzamento e temos de fazer novas escolhas e seguir o nosso rumo. Em 2016 assumo funções de Business Analyst e de Project Manager na área de pagamentos e controlo de fraude da TAP.

Reflexo desta pandemia, começo em teletrabalho e, com a entrada da organização em período de ‘lay-off’, um novo desafio bate à minha porta e, inicia-se uma nova fase de procura e de entrevistas para que a estabilidade profissional volte.

A vida é como um carrocel; é sempre mais uma ‘voltinha’! Este desafio comum que alterou a vida de todos não será maior que cada um de nós.Sempre acreditei que tudo acontece por um motivo e que tudo acaba bem, e se ainda não estamos bem, então é porque ainda não acabou, mas estamos vivos e a lutar por um futuro melhor.

Adoro viajar e conhecer novos países, sabendo que nas próximas férias terei de levar mais umas coisas na mala… mas os dias de normalidade voltarão, com o sentimento de paz e segurança.

A minha felicidade passa por ter o amor da minha família e aqueles que nos amam de verdade por perto, juntos tudo se ultrapassa.

A vida é uma constante aprendizagem e, como forma de despedida, deixo-vos com umas palavras inspiradoras, sejam felizes.

Escrito por: Gonçalo Caeiro, Administrador do Grupo JOYN

A Nova Era Profissional

Bem haja a todos. Esta é a terceira newsletter da Joyn. Estamos em junho e por esta altura já tomámos consciência de um novo contexto estrutural que será um novo normal. Gostava de partilhar a forma como vejo o futuro que se avizinha do ponto de vista profissional e também de sociedade. Será sempre perigoso afirmar que se tem certezas sobre o futuro, mas mesmo assim arriscarei fazer umas quantas previsões. Este artigo ficou mais longo do que gostaria, mas foi-me impossível reduzi-lo, pois teria de correr o risco de ficar inconsistente.

Se em dezembro alguém dissesse que gostaria de fazer uma experiência e confinar em casa cerca de 4,5 mil milhões de pessoas durante 3 meses para fazer uma experiência climática, económica ou sociológica certamente seria apelidado de louco. Ou, na melhor das hipóteses, teria como resultado um guião de um filme de ficção científica.

Mas foi precisamente o que aconteceu. Para percebermos o que o futuro nos reserva importa perceber o que aconteceu. Sem essa perceção qualquer previsão será enviezada por crenças, gostos ou contextos parciais que tenderão a sucumbir perante a força inexorável de uma sociedade global.

E o que aprendemos em 3 meses foi de tal forma impactante em todas as áreas que o seu impacto transvasa cada uma dessas áreas. Será importante como tal percorrermos cada uma delas. Depois poderemos tentar adivinhar o futuro.

O que aprendemos

A Covid-19 é Cega

O novo Coronavírus propaga-se independentemente da região, nacionalidade, raça, religião, cor política, género ou clube de futebol. É justo nesse sentido. É certo que existem grupos com mais risco. É certo que regiões, populações ou países com mais poder económico e de infraestrutura conseguem mitigar melhor os impactos. Mas pela primeira vez o potencial impacto, inclusivamente nas classes sociais mais elevadas, foi generalizado. Não interessa se é presidente de um grupo económico, rei ou celebridade. Pode apanhar e pode morrer. A simples percepção de que somos iguais e que podemos sofrer exatamente da mesma forma será transformacional. Não durará para sempre, mas esta pandemia ficará para sempre nas nossas memórias. Chegará aos nossos netos.

Heróis

Houvesse dúvidas se há Heróis e esta pandemia eliminou essa dúvida. Na linha da frente estão os profissionais de Saúde. Incansáveis e com total abgenação! Imediatamente a seguir todos os profissionais da logística, segurança ou infra-estruturas essenciais. Os primeiros a garantir a nossa saúde imediata, os segundos a nossa sobrevivência.

Merecem descanso, a nossa total gratidão e recompensa. Tê-la-ão?

A Vida Acima de Tudo

Os países que mais cedo prioritizaram a vida em detrimento da economia portaram-se melhor. A arrogância de políticos que poderiam ser mais espertos do que o vírus teve efeitos trágicos em países como Itália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil ou Suécia.

Países como a Nova Zelândia, Alemanha, Finlândia, Dinamarca, Taiwan, Noruega, Eslováquia, Grécia ou Bolívia portaram-se francamente melhor. Em comum têm o facto de serem liderados por mulheres. Fazendo a percentagem dos países com Primeiros Ministros (as) homens vs. mulheres, os países liderados por mulheres comportaram-se muito melhor.

Compreendendo que a economia sempre se recuperou mas que a vida não se ressuscita, cedo entraram em confinamento. O ditado português “importante é ter saúde” nunca foi tão verdade. Por cá, ficámos a meio caminho. Estamos no meio da fotografia, mas pior do que os países liderados por mulheres.

O Homem Impacta o Clima

Imediatamente após o confinamento na China, ficou claro que os gráficos da poluição mostravam reduções drásticas na poluição atmosférica e emissões de CO2. Na Índia, pela primeira vez em décadas, cidades apresentaram sinais de poluição abaixo dos limites máximos aceitáveis. Em Portugal, em Lisboa e no Porto, o céu apresentou-se mais limpo e azul. Mas também do ponto de vista sonoro: as reduções drásticas fizeram-se notar nos pássaros que apareceram livremente, ou nas baleias que passaram a circular pelas antigas rotas.

Mas os níveis de CO2 continuam a subir. Estão já acima de 416 ppm. Neste nível corresponde já ao nível de CO2 que há décadas se podia encontrar dentro de uma habitação. Há apenas uns séculos estávamos baixo dos 250 ppm.

Dependência do Mundo da China

Ficámos a saber que estamos (estávamos) totalmente dependentes da China. A Europa e os Estados Unidos há muito que desistiriam da sua capacidade industrial. Mas tornou-se evidente os riscos geopolíticos de não conseguir produzir ventiladores e máscaras. Mas o que dizer de sistemas de telecomunicações, chips, painéis solares ou um bilião de produtos que todos os dias usamos?

Dependência da China do Mundo

Mas mais recentemente a China também descobriu que com o planeta em recessão as suas fábricas recentemente reabriram apenas para descobrir o próximo email de cancelamento de encomendas. Não só porque o mundo está em recessão, mas porque o mundo quer depender menos da China.

O Mito do Remoto Caiu

O mito do remoto caiu. E quando falo do remoto, não tem a haver apenas com o trabalho remoto. Estou a referir-me ao remoto. Estamos a falar do Trabalho Remoto, da Escola em e-Learning, das Compras Online, da TeleMedicina.

Este será talvez um dos mais impactantes e duradouros efeitos na nossa sociedade. Demasiados macro e micro lobbies foram destruídos. Mostrou-se que uma sociedade pode aumentar drasticamente o nível de produção em sistema remoto e que a resistência apenas vem de um conjunto de grupos a tentar manter o status quo ou dos gestores que gostam de fazer microgestão.

A Velhinha Pirâmide de Maslow mantém-se

A preocupação residiu na Distribuição Alimentar, Energia e Saúde. Deixámos para trás o Turismo, Restaurantes e Espetáculos. Até a família, no nível dois e três da Pirâmide foram relegadas em detrimento do primeiro e segundo níveis.

A Tecnologia resolve

A tecnologia sempre resolveu, desde a primeira ferramenta em pedra. Desde os sistemas logísticos da Amazon, aos supercomputadores a procurar a vacina para o novo Coronavírus, até videocalls em Zoom. Nunca nos adaptámos tão rapidamente e tão bem a um evento que pela primeira vez foi absolutamente global e síncrono no globo.

E vai continuar a resolver, cada vez mais rápido.

A Europa teve de ser uma Europa

Após décadas de existência de duas Europas, a Norte e a Sul, a Rica e Pobre, desta vez (e ia quase não sendo) há uma Europa. A mutualização da dívida (mas sendo proibido referir o termo “mutualização” no Norte) será uma realidade.

Mas não é apenas a questão da mutualização da dívida. É toda uma questão que vai muito para além e que terá impacto na indústria, serviços, segurança e infraestruturas.

O que vem a seguir

As mudanças que virão a seguir serão uma mixórdia de temáticas. Todas juntas e todas interrelaccionadas. Por estarmos todos interligados e estarmos todos relacionados. Irei concretizar agora mais a visão que nos causa impacto imediato, em Portugal e na Europa, do ponto de vista da Joyn.

Recuperação Económica será Lenta e Assimétrica

Começo por este ponto. Há boas e más notícias.

As más primeiro.

Acredito que a economia ainda irá piorar. Tivemos balões de oxigénio que irão acabar. Uma segunda fase de problemas para as empresas irá acontecer dentro de 3 meses a nível global, quando percebermos que o Turismo não será o mesmo, que os Espetáculos não voltarão a ser o que eram, que as Famílias estão a gastar menos com medo da incerteza futura. Não haverá mais transferências de jogadores de futebol a 500 milhões.

E será também assimétrica. O Turismo continuará a sofrer. As Companhias Aéreas, Rent-a-Car, Fabricantes de Automóveis e Aviões.

O imobiliário sofrerá um impacto avassalador. Na minha opinião já existia uma bolha, mas agora simplesmente a liquidez (volume de transações) irá cair a pique. Quem comprou apenas para especulação vai ter um problema. E com eles os Bancos que financiavam a bolha.

Agora as boas.

Tudo o que se relaciona com Tecnologia vai registar um aumento. A Tecnologia não apanha Covid-19 (apanha outros vírus, mas não os biológicos). Sistemas de Transformação Digital, Comunicações, Robotização, Inteligência Artificial, Machine Learning, Desmaterialização, Energia, Farmacêuticas ou Telemedicina irão sofrer um aumento significativo. Não só porque a nova estrutura de trabalho, sociedade e logística assim o exigirá mas porque permitirão reduzir custos operacionais.

Migração Acelerada para Neutralidade Carbónica

A migração para a neutralidade carbónica tem de ser vista num contexto geopolítico e de longo prazo.

Vai permitir maior independência energética da Rússia, Noruega, Iraque, Cazaquistão e Arábia Saudita. A migração para o solar vai conseguir relançar a economia e desbloquear novas oportunidades na indústria automóvel e de mobilidade. Irão aparecer microcarros, elemento tão menosprezado pelos millennials mas onde já se nota uma reversão desta tendência de zero propriedade.

A par da sustentabilidade, uma pressão maior no código da construção civil, obrigando a edifícios mais inteligentes e interligados.

Trabalho Remoto será Norma

O mito da microgestão, necessidade de estar fisicamente no local, inevitibilidade de comutação diária casa-trabalho ou impossibilidade de coordenação de equipas à distância. Tudo isso caiu por terra.

A nova normalidade será híbrida. As empresas reduzirão espaços para reduzir os custos com rendas. Mas não reduzirão totalmente. A inovação faz-se através da partilha.

Se no curto prazo é possível, mesmo para nós, trabalhar 100% em remoto, é na interação humana que a inovação se desenvolve.

Teremos, pois, um misto entre trabalho remoto e presença física. E a gestão tenderá a ser fortemente flexível. Vai haver uma aceleração deste mix o que vai acelerar a divergência entre empresas flexíveis e as inflexíveis. As últimas tenderão a desaparecer tal como a crise de 2007-2011 fez desaparecer grande parte das empresas antiquadas.

Maior Industrialização, Maior Protecionismo

A Europa irá forçar a uma maior industrialização interna de forma a ser mais autónoma em relação à China mas também aos EUA. Haverá um discurso duplo e atuação dupla; por um lado a defender um comércio global, por outro lado com a preocupação de garantir autosuficência e produção local e independente.

Os impactos no imobiliário, restauração e lazer serão mais duradouros do que se poderá pensar. Os investimentos em unidades hoteleiras demoram anos a ser recuperados. Em alturas de incerteza, haverá alocações de capital em indústrias mais “certas”.

Prevejo ainda com a situação próxima de seca na Europa que toda uma indústria de Água que apareça.

A Joyn e o Futuro

Comecemos pelo imediato. Criámos as condições para que possamos voltar em segurança. No entanto, cada empresa, unidade e equipa decidirão o que é melhor e desejável. Em vários casos essa opção está no próprio colaborador: se prefere trabalhar de casa ou ir ao escritório.

Estamos a “abrir” a nova sede da Joyn, ainda em remodelações. Quem quiser voltar é bem-vindo, mas se ficarem em casa também nos é favorável termos menos pessoas no edifício.

Confiamos em todos vocês e é precisamente pela nossa estrutura que agora podemos dizer que tivemos um impacto menor do que o esperado e que algumas áreas até viram o seu negócio crescer fortemente.

Estamos agora a trabalhar para nos posicionarmos para o futuro. Os problemas inerentes em geografias de elevado custo como sejam os EUA e Norte da Europa, com cerca de 60 milhões de desempregados agregados e empresas procurando reduzir custos, podem oferecer boas oportunidades para nós entrarmos no mercado através de equipas remotas da Growin e Theros e de produtos da DocDigitizer, Infosistema e Uniksystem.

Estamos também atentos à criação de unidades locais nesses países. A libertação de talento nessas geografias facilita a nossa aquisição de talento. Permite-nos crescer mais e mais rápido e daremos notícias nos próximos meses. Como digo, estamos numa maratona e as oportunidades não desaparecerão em semanas, mas agora também é o momento de nos posicionarmos.

Iremos continuar o trabalho que iniciámos há 3 anos e que nos permitiu trabalhar remotamente de forma transparente. A delegação e responsabilização por resultados, desmaterialização de processos e documentação, digitalização de assinaturas – tudo isso contribui para uma operação tranquila. Temos ainda trabalho para fazer em e-learning e formação de competências, sistemas de partilha e controlo de gestão.

Queria ainda dar uma nota final sobre a nossa solidez financeira do grupo Joyn. A Joyn e as suas empresas estão no máximo da sua solidez financeira e operacional. Estamos convenientemente financiados e aprovisionados, permitindo encarar o futuro essencialmente como uma oportunidade. Isto será fulcral ao orientarmos as nossas energias para continuarmos a ajudar a criar um mundo potenciado por tecnologia, e a criar real impacto de bem-estar, social e económico.

Iremos ao longo deste ano comunicar em detalhe as várias iniciativas e áreas onde vamos continuar a apostar.

Entretanto, mantenhamos o foco e continuemos a manter-nos seguros.